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Capítulo 9 - Coragem ou Covardia


Junko estava tão focada na construção das catapultas que mal percebeu que Happii já havia recobrado a consciência e estava observando-a.

- Até que você é boa nisso... - Disse Happii.


- Ah! Você acordou! Não precisa se levantar, eu consigo terminar sozinha - Falou Junko enquanto testava uma das catapultas.



- Como você se chama?

- Junko, Junko Aoki.


- Eu me chamo Happii, Happii Daisuki. Mas sobre o Tora... ele vai lutar contra os rebeldes?


- Está falando do Taigapou? Provavelmente sim...


- Você tem que impedi-lo, Junko! Se ele estiver no exército de Archibald, meu plano não vai dar certo! - Disse Happii nervoso.


- Seu plano?


- Di-Digo, o plano de Massamir! Bem, ele é forte, vai acabar com a maioria dos rebeldes!


- Ele não parece tão forte assim, para mim parece mais um idiota - Disse Junko enquanto procurava uma coisa na mochila de Happii - Eu queria te perguntar uma coisa, o que é isso? - Mostrou um bastão metálico.


- AHHH! CUIDADO COM ISSO! É UMA ARMA WARUIANA!


- Arma Waruiana? Onde você conseguiu isso?


- O Tora roubou de um Waruiano perto de Furball...


- Hmm... Ele parece ser forte mesmo, para ter derrotado um Waruiano que usava isso.


- Na verdade quem derrotou ele foi o Pinchi...


Junko começou a examinar aquele bastão - Deixe de besteira garotinho, até parece que algo assim seria uma ar...


Antes mesmo que pudesse completar a frase, Junko apertou o dispositivo que disparava um raio elétrico, acertando uma das catapultas, fazendo-a ficar em chamas.


- AHHHHH! EU DISSE PARA VOCÊ TOMAR CUIDADO!! QUE MEDO! SE ISSO ME ACERTASSE, COM CERTEZA TERIA MORRIDO NA HORA!!! - Gritou Happii.


- Que gritaria é essa?! - Disse Saadi que havia acabado de chegar carregando um saco de farinha e uma cesta contendo frutas e algumas garrafas de suco - A CATAPULTA ESTÁ PEGANDO FOGO!


- DESCULPA! FOI SEM QUERER! - Gritou Junko.


Após a confusão...


- Ufa! A catapulta já era, mas pelo menos apagamos o fogo. Ainda bem que tinha um mini extintor na sua bolsa, Happii - Disse Saadi rindo.


- Nunca se sabe quando se vai precisar de um desses, não achei que usaria isso hoje - Happii riu um pouco mas logo gemeu de dor.


- Ei, não se esforce muito! Continue sentado aí! - Disse Saadi.


- De-Desculpe...


Junko estava séria, observando aquela arma Waruiana. Só uma coisa vinha em sua mente - " Essa arma... Eu já vi algo parecido antes... Mas aonde? "




- Junko, não precisa ficar com essa cara, uma catapulta é o suficiente para o plano - Disse Saadi com sutileza.

- Ah, eu estava pensando em uma coisa, Happii você poderia me deixar pesquisar um pouco sobre essa arma Waruiana?


- Pesquisar? - Perguntou Saadi.


- Sim, eu vou desmontá-la para tirar uma dúvida.


- Pode ficar para você Junko, eu não gosto de armas - Disse Happii sorrindo envergonhado.


- Sério?!?!?! Obrigada Happii!  - Disse Junko contente.


- Eu vou ter que ir para a padaria, buscar outro saco de farinha - Disse Saadi enquanto coçava a cabeça - Acho que quando voltar o ataque já vai começar...


- Então é melhor eu ir me apressar - Disse Junko descendo as escadas.


- O quê!? Aonde você vai? O ataque daqui a pouco irá começar! - Disse Saadi preocupado.


- Eu estou indo convencer o amigo do Happii a não lutar contra os rebeldes - Disse ela enquanto descia as escadas.


- Mas...


- Mas o que?


- Nada... Pode ir... Só estava preocupado - Disse Saadi enquanto seu pensamento era apenas...

" Droga, Archibald vai matar ela... Mas o que é que posso fazer? Droga! Droga! O que eu faço!? "

Junko seguiu em frente e foi ao encontro do Taigapou que estava no Castelo de Archibald. Saadi ficou parado apenas observando ela indo ao encontro de sua morte, se sentindo um lixo a cada passo que ela dava.


- Saadi, não precisa ficar preocupado, ela vai ficar bem - Disse Happii tentando aliviar aquela preocupação.


- Happii, eu posso te fazer uma pergunta? - Dizia Saadi de costas para ele.


- Claro.


- Porque você não falou nada sobre os seus amigos para Massamir? Você mal conhece eles! - Disse ele gritando.


Happii ouviu a pergunta de Saadi, fechou os olhos e revisitou as lembranças da pequena conversa que tiveram naquele restaurante onde almoçaram, logo quando chegaram em Kittypaw.




- Então, o que vamos fazer com o nosso amiguinho Mochi? - Dizia Tora enquanto bebia catnipom.

- Acho melhor deixarmos em algum orfanato, ou entregarmos para a Guarda Real... - Opinou Happi.


- É! Seria uma boa! Vamos entregar ele para a Guarda Real! - Disse Tora animado - Eles vão saber o que fazer com ele e...


- Escutem, nós temos que manter segredo sobre o Mochi - Disse Pinchi enquanto comia peixe.


- Manter segredo? - Disse Happii curioso.


- A Guarda Real não pode saber que ele foi achado dentro de um laboratório Waruiano, vão fazer várias experiências malucas nele. Aliás, se qualquer um souber disso já vai ser um problema...


- Do que está falando, Pinchi? É a Guarda Real! Eles não fariam esse tipo de coisa com um bebê!


- É, Maninho! Seria crueldade demais fazer esse tipo de coisa!


- Vocês não conhecem a verdade sobre a Guarda Real! Qualquer um pode fazer o que quiser comigo, me torturarem, me espancarem, até me matarem, mas eu nunca vou dizer nada sobre o que aconteceu, e nem o que nós sabemos! Definitivamente nunca! - Disse Pinchi rangendo os dentes.


- Como assim? Do que você sabe sobre a guarda real? - Disse Happii assustado com a atitude de Pinchi.


- Nada - Disse Pinchi enquanto se levantava - Eu vou ao banheiro...


- Hahahahaha! Esse maninho é maluco! - Ria Tora enquanto tomava sua catnipom - Mas se bem que eu faria o mesmo que ele!

- Mas... Mas... Ah vocês dois são malucos - Disse Happii respirando fundo.



- A razão pela qual eu não disse nada Saadi... É porque eu jamais trairia meus amigos, e eu sei que eles também se sacrificariam por mim, principalmente você - Disse Happii com sorriso no rosto. 

- Entendi... -  Disse Saadi e logo desceu as escadas.

Saadi se sentiu o pior ser naquele momento, as lágrimas desciam sobre seu rosto, mesmo usando toda a força que tinha para segurá-las, não conseguia, pois a dor que sentia naquele momento, mesmo sem ter levado nenhum corte sequer, eram mais dolorosas e sufocantes que a surra que Happii havia levado. E ele ao mesmo tempo se perguntava o porquê, o porquê dele ser tão covarde.


Enquanto isso, no castelo de Archibald, houve um comunicado reunindo todos os soldados para uma reunião no saguão principal. Nela falou-se sobre como seria o ataque rebelde e a melhor maneira de dar a volta por cima, foram entregue kits contendo os utensílios. Foi falado também que Junko era uma espiã que estava infiltrada a serviço dos rebeldes, Archibald então resolveu dar uma recompensa para quem a capturasse. Após a reunião, Dora e Bo foram conversar com Tora.


- Tora, você vai proteger a gente, não é mesmo? - Disse Bo fazendo drama.


- É, você tem que proteger uma linda dama como eu! - Dizia Dora tentando seduzí-lo.


- Hahahahaha! Podem deixar, eu vou proteger vocês além dela... - Disse Tora enquanto comia um pedaço de Trobaru.


- Ela? Ela quem? - Disse Bo e Dora.


- A catnipom, é claro! Eu vou proteger a Catnipom!!!!!! Não vou deixar aqueles rebeldes nojentos colocarem as mãos nelas! São todas minhas! HAHAHAHAHAHA! AAA... AA.... AAATCHIM!!!


- " De onde que ele tirou que os rebeldes querem a bebida? " 
- Pensou Bo.

- " Todos os Taigapous são tão idiotas assim? "
- Pensou Dora.


-  Uahhhhh, parece que eu fiquei gripado... - Disse Tora com ranho escorrendo pelo nariz.


- Também, você dormiu numa poça de mijo, qualquer um ficaria resfriado com isso - Disse Bo dando gargalhadas.


Como vingança, Tora assoou o nariz no cabelo dele.


Enquanto isso, perto dali, Junko estava a caminho do castelo, até que notou que alguém gritava por seu nome. Era Stella, e pela sua feição, não parecia que trazia notícias agradáveis.




- O que foi, Stella!? - Disse Junko assustada - É perigoso ficar aqui! Vá pra casa!

- As crianças... - Disse Stella enquanto tentava recuperar o fôlego.


- É, você tem que ficar com as crianças! O que você está fazendo aqui ainda!? Vai ter uma guerra, você não sa...


- AS CRIANÇAS! ELAS SUMIRAM, JUNKO! - Gritou Stella segurando os ombros de Junko.


- O quê!??! Só pode estar de brincadeira, não é!?


- VOCÊ ACHA QUE EU IRIA BRINCAR COM ALGO SÉRIO DESSES!? AINDA MAIS HOJE?!?! - Gritava Stella desesperada - EU SAI PROCURANDO POR TODO LUGAR, ALGUMAS PESSOAS DISSERAM QUE ELAS FORAM EM DIREÇÃO AO PORTÃO DA SAÍDA!


- AQUELES PIRRALHOS! TINHAM QUE APRONTAR LOGO HOJE! QUALQUER DIA EU VOU MATAR UM DELES! - Gritou Junko desesperada.


- JUNKO, VOCÊ TEM QUE ME AJUDAR! SE ELES ESTIVEREM POR AÍ QUANDO ESSE ATAQUE COMEÇAR ELES PODEM...!


- EU SEI! EU SEI! DROGA... EU VOU COM VOCÊ ATÉ O PORTÃO, VAMOS PERGUNTAR PARA UM DOS GUARDAS SE ELES PASSARAM PELO PORTÃO! - Gritou Junko enquanto corria em direção a entrada de Kittypaw - ANDA, STELLA! EU NÃO TENHO TEMPO PARA PERDER!


- S-SIM!! OBRIGADA, JUNKO!


Correram em direção a entrada de Kittypaw. Chegando lá, já foram gritando pelos guardas do portão.


- SOLDADOS! VOCÊS VIRAM CRIANÇAS ATRAVESSAREM ESSES PORTÕES!? - Gritou Stellla quase sem fôlego.


- Dona, você tem que falar com mais educação se quiser saber das coisas e...  - Dizia o Soldado que foi interrompido.


- FALA LOGO SEU DESGRAÇADO! NÃO TENHO TEMPO PARA PERDER AQUI! - Gritou Junko.


- Ah! Mestra Junko!!! Mil perdões!! Sim, eu vi cinco crianças e um buu-chan carregando um bebê momeniano, eles atravessaram os portões! Eu tentei impedi-los, mas eles não me deram ouvidos... hehehe - Disse o Soldado.


- ELES ESTÃO LÁ FORA JUNKO! TEMOS QUE TRAZÊ-LOS DE VOLTA!


- EU SEI DISSO! VAMOS BUSCAR ELES!


Enquanto Junko se preparava para abrir os portões, o soldado ligou para Archibald para saber se estava tudo bem em deixá-las sair.


- O que foi? Eu estou ocupado agora!


- O-Olá Lorde Archibald, eu só queria lhe dizer que a Mestra Junko está se retirando de Kittypaw nesse instante, eu vou poder deixá-la entrar dep...


- O QUE!?! JUNKO ESTÁ AI!?!?!?! ESCUTE SOLDADO! PARE ELA NESSE INSTANTE! ELA É UMA ESPIÃ DOS REBELDES! VOCÊ DEVE PARÁ-LA AGORA MESMO! - Gritava Archibald pelo telefone.


No mesmo momento em que ouviu isso, o Soldado desajeitado e eufórico disparou um tiro em direção a Junko, mas acabou errando.


- Que barulho foi esse?! - Disse Junko espantada.


- JUNKO, CUIDADO! - Disse Stella a empurrando para fora de Kittypaw.


O Soldado então disparou outro tiro, porém dessa vez Stella empurrou Junko na hora que ouviu o disparo, evitando que a acertasse. Mas infelizmente acabou acertando sua perna.


- STELLA! VOCÊ TÁ BEM!?!?! - Gritou Junko sem acreditar no que havia acontecido. Stella assentiu com a cabeça, estava mordendo os lábios pela dor que estava a sentir. Junko então se serviu de apoio para que as duas pudessem fugir, atravessaram o portão e foram em direção a floresta.




- O QUE DIABOS VOCÊ ESTÁ FAZENDO?! EU DISSE PARA "PARÁ-LA"!  ISSO NÃO SIGNIFICA QUE É PRA VOCÊ MATAR ELA, SEU IDIOTA! - Gritava Archibald nervoso pelo telefone.


- De-Desculpe, mas eu não acertei a Mestra Junko, foram disparos apenas para assustá-la... Aliás ela está entrando dentro da floresta agora... - Disse o Soldado.


- E O QUE VOCÊ ESTÁ ESPERANDO?! VÁ ATRÁS DELA! SE VOCÊ FIZER ISSO VAI GANHAR UMA RECOMPENSA! VÁ!


- S-SIM, LORDE ARCHIBALD! - Disse o Soldado que descia as escadarias da muralha.


- Ei, o que está acontecendo ? - Disse um outro soldado.


- Não é nada, vou apenas acompanhar a Mestra Junko por ordens de Archibald, então não saiam daí!


- Mas porque você disparou contra ela?


- Ah , aquilo foi... AH, FIQUE AÍ! VIGIE A MURALHA! - Gritou o Soldado.


Ele adentrou a floresta em busca de Junko, seguiu o rastro de sangue deixado por Stella, mas apenas um pensamento vinha em sua cabeça - " Eu vou fazer o que eu quiser com ela, depois a entrego para Archibald! E ainda vou ganhar uma recompensa por isso! Hoje é meu dia de sorte! "


Enquanto isso, no castelo de Archibald, todos os soldados estavam em suas posições, aguardando os rebeldes. Archibald via tudo de sua sala, com diversas cámeras, monitorando cada centímetro do castelo.

Tora estava na linha da frente, junto de Dora e Bo, que já achavam mais seguro ficarem próximos ao Taigapou.

- Err.. Como que é o plano mesmo? - Perguntou  Tora.


- Bom, por enquanto temos que colocar esses óculos protetores - Disse Bo retirando um do kit - E o restante os soldados que devem fazer.


- Só colocar esses óculos então, certo? - Disse Tora colocando-os e logo em seguida assoando o nariz na sacola do kit.


- Não assoe o nariz no kit, Tora! - Disse Dora - Francamente... espero que os outros Taigapous não sejam como você.


- Eles são piores! - Disse Tora rindo.


- VEJAM! O QUE É AQUILO NO CÉU!  - Gritou um dos soldados.


No céu avistava-se diversos sacos de farinha que caiam em direção ao castelo. Para evitar que os atingissem, os soldados dispararam contra, fazendo criar uma enorme cortina branca de farinha no céu. O que Archibald não previu era que aquela era apenas a primeira remessa, havia uma segunda, mas com a cortina expeça no céu, os soldados não conseguiram ver o restante de sacos que estavam pra cair sobre o castelo. Tentaram disparar contra, mas a tentativa foi em vão; ao atingirem o chão, com o impacto, os sacos de farinha causaram uma cortina que se espalhou por todo o campo de batalha e pelos céus, fazendo que a visibilidade diminuísse.




- DROGA! AQUELES REBELDES SÃO ESPERTOS! SE NÃO FOSSE ESSES ÓCULOS PROTETORES, MAL IRÍAMOS CONSEGUIR ABRIR NOSSOS OLHOS! - Gritou um dos soldados, irritado com a situação.

- ARCHIBALD NÃO DISSE NADA QUE TERIA OUTRA REMESSA! ISSO NÃO FAZIA PARTE DO PLANO! - Gritou outro.


- A CULPA FOI NOSSA! DEVÍAMOS TER CONTINUADO COM A MIRA NO CÉU E....


Antes mesmo que aquele soldado pudesse terminar sua frase, largou sua arma e começou tossir sem parar, seus olhos começaram a lacrimejar, voltou com suas mãos sobre seu pescoço e caiu no chão se contorcendo. Os soldados que estavam ao seu lado observaram sem entender o que acontecia, mas isso foi se repetindo com diversos outros. Caiam no chão e ficava tossindo sem parar e gemendo. Bo, que estava ao lado começou a sentir o mesmo.


- BO, O QUE HOUVE!? - Gritou Dora desesperada.


- Minha garganta e meu nariz estão queimando! Parece que minha cabeça vai explodir! - Dizia Bo com dificuldade.


Tora pegou um punhado de farinha que havia no chão e a examinou, colocou um pouco na boca e percebeu logo de cara o motivo daquilo tudo - TODOS OS SOLDADOS QUE PODEM ME OUVIR! CUBRAM SEUS ROSTOS IMEDIATAMENTE! TEM PIMENTA PELO AR! - Gritou Tora.


- PI-PIMENTA? - Gritaram os soldados que logo cobriram seus rostos - AQUELES REBELDES DESGRAÇADOS COLOCARAM PIMENTA JUNTO COM A FARINHA!


- OS QUE NÃO PUDEREM LUTAR ENTREM PARA DENTRO DO CASTELO! RÁPIDO! - Gritava Archibald por um megafone.


Os soldados logo adentraram-se correndo, a maioria brigava por um gole de água e começavam a lutar entre si. Dora e Tora que carregava Bo procuravam o local mais seguro daquele castelo que pudessem imaginar e entraram dentro do banheiro.


- Bo, aguenta firme! Se eu não estivesse gripado eu teria notado logo na primeira remessa... - Disse Tora enquanto abria a torneira.


- Não... E-Eu quero lutar junto com você... Não é justo, você ajudou a gente... Eu queria poder te ajudar também - Dizia Bo enquanto tossia e gemia pela queimação.


- HAHAHAHA! Você nesse estado só vai me atrapalhar - Disse Tora rindo enquanto jogava água na cara de Bo - Dora, você fica junto com ele, a coisa vai ficar perigosa lá fora.


- O QUÊ!? DE JEITO NENHUM! EU VOU TE AJUDAR E...


- VAI FICAR JUNTO COM ELE! - Gritou Tora nervoso - AQUELES CARAS NÃO ESTÃO PRA BRINCADEIRA, DORA! MESMO SENDO ALGO INFANTIL MISTURAR PIMENTA COM FARINHA, FOI GENIAL! E APOSTO QUE NÃO É A ÚNICA IDEIA GENIAL QUE ELES TEM, ENTÃO FIQUE AQUI E CUIDE DE SEU IRMÃO!


- T..tá...


Tora correu para fora do castelo, chegando lá a situação era a mesma, não se tinha visibilidade de nada, apenas uma parede branca de farinha que alcançava o horizonte. Até que se ouviu uma voz que se estendia por toda a região.


- ARCHIBALD! AQUI QUEM FALA É SEU AMIGO MASSAMIR! ESTÁ LEMBRADO DELE!? ENTÃO, EU SÓ VIM TE MANDAR UM AVISO! SE PREPARE PARA SUAS ÚLTIMAS HORAS DE IMPÉRIO NESSE SEU "PARAÍSO" KITTYPAW! MEUS HOMENS ESTÃO INDO TE ATACAR DESARMADOS! SE VOCÊ É COVARDE O SUFICIENTE, ATIRE NELES! NOS SEUS QUERIDOS CIDADÕES! - Dizia Massamir em um megafone.


Dito isso, aquela parede que antes era branca começou a tomar sombras, eram diversos rebeldes que gritavam com fúria, para atacar. Os soldados que estavam em posição de ataque se assustaram com a quantidade enorme de sombras e correram para dentro do castelo apavorados. Tora apenas estava parado observando as sombras que vinham ao seu encontro.


- É O FIM! SALVE-SE QUEM PUDER! A QUANTIDADE DE REBELDES É INSANA! NUNCA VAMOS CONSEGUIR DERROTAR TODOS ELES! - Gritava os soldados.


- EI, SE ACALMEM! ELES ESTÃO DESARMADOS! - Gritou um deles.


- QUEM TE GARANTE ISSO!? - Gritava outro - EU NÃO VOU SER LOUCO DE FICAR AQUI! EI, TAIGAPOU, O QUE ESTÁ FAZENDO AÍ PARADO! FUJA, VOCÊ VAI SER MORTO! - Dizia o soldado que via o Taigapou encarando as sombras.




- Não vou deixar vocês pegarem minha Catnipom seus rebeldes bêbados! HAHAHAHA! - Disse Tora enquanto corria ao encontro de diversas sombras e sumia na neblina de farinha.

- O QUE ELE FOI SOZINHO E DESARMADO!?!??! QUE CARA MALUCO! - Gritou um dos soldados que estava fugindo.


- Droga... Esse cara chegou aqui ontem e já está se empenhando muito melhor que nós... - Disse um dos soldados que estava se escondendo dentro do castelo.


- Vamos ser taxados como covardes! - Falou outro.


- Nós somos covardes? - Disse um deles.


- CLARO QUE NÃO! TEMOS QUE MOSTRAR PRA ELE O QUANTO SOMOS CORAJOSOS! - Gritou um dos soldados.


- É! ISSO MESMO, VAMOS LÁ! VAMOS AJUDAR AQUELE TAIGAPOU MALUCO! - Gritaram todos soldados indo para batalha.

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