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Capítulo 11 - A Verdadeira Rebelião Começa


Happii estava sentado enquanto olhava para as nuvens. Ele adorava fazer aquilo, o ar fresco, as nuvens formando diversas figuras no céu, os pássaros que voavam sem nenhuma preocupação, tudo isso o fazia se sentir bem mentalmente. Já não se importava com as dores que sentia no corpo, não que elas haviam passado, mas tinha se acostumado com elas. Suas preocupação eram se Junko havia dado o recado para Tora, se Pinchi estava com Mochi e se Saadi ficaria bem, pois tinha certeza absoluta que todo aquele ataque contra Archibald não passava de uma vingança criada por Massamir.

Se sentia agoniado de estar ali, sem poder fazer nada a respeito, quando se levantava para caminhar, suas pernas ficavam tremendo e logo voltava a sentar. Happii não podia fazer nada a não ser confiar em seus amigos, e então voltar a ver as nuvens, esperando que aquele dia terminasse em paz.




Saadi caminhava as pressas ao local onde Massamir e o restante dos rebeldes estavam escondidos, prontos para emboscada ao exército de Archibald. A cada passo que dava, um pensamento passava por sua cabeça, ele havia condenado todos daquela cidadezinha, e não tinha esperanças que o plano de Happii iria dar certo, já que tinha dado todas as informações de ataque para Archibald.

Foi caminhando até uma vila cheia de casas, no centro dela havia um poço, os habitantes de Kittypaw o chamavam de "Poço da Sorte", pois momenianos iam até ele para jogarem suas moedas de Nixel na esperança de que haveria sorte, seja no amor ou nas riquezas. Lá, Saadi tirou uma moeda do bolso e depositou toda sua sorte nela, queria que tudo acabasse bem para ele, deu meia volta e entrou em uma das casas onde se encontravam alguns rebeldes.

Aquela casa era de Eben, não era uma casa caindo aos pedaços nem nada do tipo, era até confortável de se morar, da janela se tinha uma visão do castelo, onde Massamir avistava com seu binóculos.


- Finalmente você chegou... Executou o plano corretamente? - Perguntava Massamir enquanto não tirava os olhos do binóculos.


- Sim, ocorreu tudo bem, como Happii havia planejado - Respondeu Saadi.

- Nem tudo foi como ele planejava - Falou Ramide, que apareceu ao lado de Saadi, se apoiando em seu ombro.

- Como assim "nem tudo foi como ele planejava"? - Disse Saadi suspirando fundo, pois sua vontade naquele momento era pular no pescoço dela e arrancar todo seu fôlego fora, mas sabia que isso não iria adiantar.


- Ramide teve a ideia de colocar pimenta junto dos sacos de farinha, isso iria dificultar ainda mais para o lado deles - Respondeu Massamir que desgrudava os olhos do binóculos - Onde Junko está? Ela não veio com você?

- Ela disse que tinha assuntos a tratar com Archibald, então deve estar no castelo.

- Isso é estranho... Não a vi passando pela entrada do castelo mais cedo. De qualquer forma, ela deve ter mudado de ideia - Falava Massamir enquanto o pão da sua cabeça começava a se remexer - Ramide, leve-o até a cozinha e o dê uma arma, vamos partir para o ataque em 10 minutos.

- Pode deixar - Disse Ramide que puxava Saadi até a cozinha.

A cada passo que Saadi dava ele se distanciava mais e mais do mundo real, pois as teorias que passavam na sua cabeça não paravam de surgir. "Junko estava mesmo bem? Será que o Taigapou estava em outro local? Para onde ele teria ido? A pimenta vai fazer alguma diferença no plano?" - Pensava Saadi o tempo todo, até que voltou a si com a pergunta que Eben o fez.

- Você demorou para chegar, o que foi que aconteceu? - Perguntou Eben que carregava um rifle de longo alcance.

- Estava cuidando do meu amigo, ele não parecia estar bem - Respondeu Saadi omitindo que a causa da demora foi pelo fato de uma das catapultas ter entrado em chamas.

- Entendo, espero que ele fique bem, quando isso tudo acabar vamos fazer o maior banquete da história de Kittypaw! - Disse Eben lhe dando um cinto contendo uma faca junto com uma pistola - Você não é muito acostumado a segurar armas, então fique com isto. Infelizmente não sobrou nenhum colete a prova de balas, então tente não morrer lá.

- Pra um momeniano fraco como você, só isso é meio impossível, não é mesmo? - Disse Ramide o provocando enquanto saía da cozinha rindo dele.

Saadi então agradeceu pelos equipamentos, Eben novamente se desculpou pela falta de um colete e se retirou da cozinha carregando o imenso rifle nas costas. Logo que ele saiu, Saadi colocou o cinto, sua vontade de acabar com Ramide só aumentava, ela fazia aquilo de propósito, pois seu maior prazer era fazer com que os outros explodissem de raiva, sejam eles por métodos físicos ou mentais.




Sentado em um dos bancos da cozinha, cada segundo que se passava era precioso. Estava nervoso, suas pernas não paravam de tremer, respirava fundo, tentando se manter calmo, mas o medo o dominava. Tinha medo que levasse um tiro e que a ausência de um colete o causasse sua morte, e de repente sentiu uma mão batendo sobre seu ombro.

- Saadi, eu tenho uma coisa para te dar, garanto que vai precisar mais disso do que eu - Disse Subo com um sorriso no rosto lhe entregando um colete a prova de balas.

- U-Um colete! Onde você o encontrou? - Perguntou Saadi espantado.

- Na verdade eu não o encontrei - Disse o grande momeniano enquanto coçava a cabeça - Esse colete era meu, mas estou dando a você. Aceite isso como um pedido de desculpas pelo o que aconteceu na sala, eu realmente não queria que isso tivesse acontecido com seu amigo.

Saadi ficou tocado pela ação de Subo, um momeniano que para ele teria uma personalidade bruta, tinha na verdade um coração mole, e no mesmo instante se lembrou do boato que rondavam pelos rebeldes, que Subo teria entrado para a resistência com ambição de encontrar sua amiga de infância no qual ele sempre a protegia. "Talvez ele tenha se colocado no meu lugar com aquela situação" - Pensou Saadi.

- Use por debaixo da roupa, assim não vão saber que está usando o colete, e as chances atirarem na sua cabeça irão diminuir - Disse Subo sorridente para Saadi a fim de deixá-lo mais tranquilo, fazendo praticamente o contrário do que queria.

Saadi queria dizer o quanto as atitudes daquele momeniano o ajudaram, suas pernas já não tremiam tanto quanto antes, mas só conseguiu retribuir com apenas um obrigado. Logo em seguida o chamado de Massamir ecoou por toda a casa, era o anúncio que o tempo havia acabado.

Todos foram para a sala de estar e ele repassou as regras, o Grupo A dos rebeldes, liderado por Subo, iriam atacar de frente, focando em render os Soldados. O Grupo B, liderado por Ramide, iria dar cobertura para que Grupo A tenha êxito no seu objetivo. O Grupo C, que era liderado por Massamir, onde alguns de seus integrantes eram Saadi e Eben, iriam se infiltrar no castelo para a rendição de Archibald. Logo após um grito de guerra de todos os rebeldes partiram da casa em direção ao castelo.




Enquanto isso, no Castelo de Archibald, a fumaça de farinha ainda pairava por todo o castelo. Os soldados levavam os rebeldes para os calabouços do castelo, os mais persistente levavam pancadas na cabeça e era jogados nas celas. Uma das coisas que intrigaram os soldados foi a presença do megafone junto a um gravador que contia o discurso de Massamir, o que fez eles pensarem que ele estaria bem perto dali. 

Tora, por outro lado, estava junto de Dora e Bo no saguão principal do castelo. Archibald surgiu nas escadarias junto de quatro guardas que carregavam duas caixas repletas de armamento.

- Caros soldados, sinto informar que o ataque ainda não acabou. Segundo minha fonte espiã, este ataque só serviria para nos deixar desarmados, o verdadeiro ataque começará agora. Peço para aqueles que tiveram suas armas danificadas que venham retirar suas novas - Dizia Archibald em um megafone.

Alguns soldados que estavam ali perderam o sorriso do rosto no exato momento. Grande parte dos soldados subiu as escadarias para pegar uma nova arma, granadas, espadas, facas, pistolas, espingardas, o que mais se tinha lá dentro. Mas a desmotivação dos soldados eram vistas em suas caras, pois entrariam novamente em perigo eminente.

- Sério isso? Ainda não acabou? - Dizia Dora sem acreditar.

- Pois é, e eu achava que o Líder dos Rebeldes era um completo idiota! - Dizia Tora rindo, enquanto assoava o nariz - E pensar que aqueles sacos de farinha no começo me assustaram por um momento, o que será que vai vir dessa vez?

- Não foi só saco de farinha! Tinha pimenta naquilo! - Dizia Bo nervoso com os olhos vermelhos, lacrimejando, enquanto segurava um copo d'água.

- Você deu azar, Bo. Parece que esse tipo de pimenta só sai em quatro horas no mínimo, dei sorte de ter tampado meu nariz na hora daquela fumaceira - Dizia Dora preocupada com seu irmão.


- Mas não se preocupem, bravos soldados! - Discursava Archibald com tom de tranquilidade - Eu irei participar junto a vocês nesse combate, não deixarei que lutem enquanto fico sentado em minha poltrona! Nós iremos mostrar para esses vândalos o que nós somos, irei mostrar pra eles o poder do Defensor XYZ! - Completou, entrando em uma sala
que ficava de baixo das escadarias, junto com 2 soldados.




Os soldados então desbravaram seus gritos de guerra, repetindo diversas vezes o nome "Defensor XYZ!" que faziam Dora, Bo e Tora não entenderem do que se passava aquilo.

- Com licença, mas o que seria esse Defensor XYZ? - Perguntou Dora para um dos Soldados que estava empolgado com a notícia.

- Vocês são novos aqui, não é mesmo?! O Defensor XYZ é um robô de 16 metros que você pode pilotar e destruir tudo o que quiser em sua volta!

- 16 metros!?!? Isso é enorme! - Gritou Bo assustado.

- Quem construiu foi o Cientista Daichi Aoki, mas só o conheço por nome mesmo - completou o Soldado.

- Bom o que importa é que agora é que vai ter um segundo ataque, acho que dá tempo de eu tomar umas duas garrafas para me aquecer - Disse Tora que corria até a cozinha do castelo em busca de preciosas garrafas de catnipom.

- Poxa, ele não se cansa de beber - Disse Dora impressionada.

- Não importa o quanto ele beba, ele nunca vai superar nosso chefe - Disse Bo rindo com dificuldade. 


- Será que é por causa disso que ele bebe tanto?

- Não faço a mínima ideia, talvez se...

Pode-se ouvir uma grande explosão na porta do saguão principal, ferindo diversos soldados que estavam por. Dora e Bo não perderam tempo e correram logo para cozinha, onde Tora estava. Soldados rapidamente resgataram os feridos e entraram em estado de tensão, ao ouvirem as palavras que vinham do megafone.

- SOLDADOS DE ARCHIBALD, AQUI QUEM FALA É MASSAMIR, LÍDER DA REBELIÃO, RENDAM-SE E LIBERTEM OS REBELDES QUE FORAM CAPTURADOS IMEDIATAMENTE, CASO AINDA QUEIRAM ACORDAR VIVOS PELA MANHÃ! LHES DAREI UM MINUTO PARA FAZEREM ISSO, CASO O CONTRÁRIO, ATACAREMOS COM FORÇA TOTAL!

- Será que é outro gravador? - Disse um dos soldados.

- Acho que não, sacos de farinha não explodem desse jeito - Disse outro soldado.

- Líder, o que fazemos?!

- Depois dele ferir nossos companheiros, você ainda pergunta? Lógico que vamos fazer esse padeiro desgraçado pagar por tudo o que fez! - Disse o Líder avançando pra fora do castelo com bastante cautela junto com outros soldados.

Na cozinha, Tora já estava na quarta garrafa de catnipom quando é interrompido pelo anúncio do megafone.

"Droga, queria ter tomado pelo menos 8 garrafas..."
- Pensou Tora com uma expressão triste, que logo em seguida foi recebido por broncas de Dora e Bo por estar tão calmo em uma situação como aquela.




Quando chegaram lá fora já havia se passado 40 segundos desde aviso no megafone, os soldados estavam todos em suas posições aguardando os segundos finais. Até que eles se encerraram.

- COMO DITO ANTES, SE PASSARAM 1 MINUTO! VAMOS ATACAR!

- VEM PRA CIMA SEU PADEIRO DE MERDA! - Gritavam os Soldados com uma fúria nunca vista antes.

- Vão pra dentro do castelo, vocês não nasceram para guerrear - Disse Tora para Dora e Bo que estavam tremendo de medo daquilo tudo. 

- Nós não nascemos para guerrear, mas também não nascemos para fugir! - Disse Bo que ainda estava com os olhos lacrimejando.

- Isso mesmo! Como vamos encarar nosso chefe, quando dissermos que estivemos em uma guerra e corremos assustados!? Acha que queremos isso!? - Disse Dora aos gritos.

Tora começou a sorrir com as palavras dos dois jovens - Então quer dizer que eu vou ter que acabar com todo mundo antes que eles encostem em vocês? Isso vai ser mais divertido do que eu pensava! - Quando Terminou de dizer isso Tora já não estava mais diante de Dora e Bo, usou toda sua velocidade para entrar no território inimigo, passou por todos os rebeldes armados que estavam em sua frente e parou bem em frente ao momeniano que estava segurando o megafone.

- Eu chamo esse golpe de Espeto Rápido, o que acha? - Disse Tora segurando o braço de Massamir que ainda estava levantado e segurando o megafone.




Os olhos de Massamir esbugalharam como os dos outros rebeldes, mal podiam acreditar no que viam. Um rastro de vento apareceu logo em seguida, cortando todos os rebeldes que estavam nesse caminho, fazendo-os gritar de dor.

- Mas... Como você... COMO VOCÊ CHEGOU AQUI TÃO RÁPIDO!? - Dizia Massamir assustado demais para raciocinar, o pão que fica no topo da sua cabeça começou a se mexer rapidamente. Os rebeldes em sua volta apontaram suas armas em direção a Tora.

- Se eu fosse você eu mandava eles abaixarem as armas, velhote com um... Pão? Porque diabos tem um pão na sua cabeça? - Disse Tora mudando completamente de humor.

Eben e Ramide estavam tensos até demais, estavam prontos para disparar na cabeça de Tora, mas por outro lado, Saadi estava caido no chão, não que ele estivesse sido machucado por ele, mas estava realmente impressionado com a velocidade que o Taigapou tinha, e não parava de pensar que Happii estava certo quando lhe disse que tinha encontrado momenianos poderosos.

- Ce... Certo! Abaixem as armas imediatamente! - Ordenou Massamir, fazendo que todos os rebeldes tiraram suas armas da mira do Taigapou - Pronto, satisfeito?! ... Espera um momento... Você não é o amigo do neto de Wook Daisuki? - Perguntou Massamir.

- Isso mesmo! Se me lembro bem, o Happii estava a procura de um Taigapou - Indagou Saadi que estava do lado de Massamir.

- Vocês estão falando do garotinho!? Onde vocês o encontraram? - Disse Tora perdendo totalmente o foco da batalha.

- Ele é um garoto muito inteligente, falou muitas coisas boas sobre você - Disse Massamir que se ajoelhava com as mãos no bolso e encostava sua cabeça no chão em frente ao Taigapou.

- Ei, velhote do pão, o que está fazendo aí embaixo? Levante-se e me diga aonde o Happii está!

- Eu peço seu perdão! - Gritou Massamir abraçando as pernas de Tora - Nós não queríamos atacar o Archibald, mas não tínhamos escolha!

- Ei, não é pra tanto! Apenas vá embora com seu exército! Depois de tudo isso podemos tomar umas garrafas de catnipom, o que você acha? - Disse Tora contente.

Saadi achou estranho o comportamento de Massamir e logo percebeu o que estava acontecendo. Enquanto isso os outros rebeldes já estavam mantendo uma distância segura dos dois, e quando menos se esperou, Massamir saltou para trás e Tora estava com as pernas algemadas uma na outra, o Taigapou não podia mais correr.

- DISPAREM! - Gritou Eben ordenando o ataque contra o Taigapou.

Diversos rebeldes dispararam contra Tora, que ficou parado e fechou sua guarda recebendo diversos tiros contra seu corpo. O barulho dos disparos ecoava pela região.




- O que diabos está acontecendo lá?! - Dizia um dos soldados de Archibald do outro lado da neblina.

- Não faço a mínima ideia, não consigo enxergar nada daqui, só sei que isso é obra do Taigapou - Respondeu outro soldado que estava ao lado.

- Ele não se chama Taigapou! Se chama Tora! - Gritou Dora.

- E ele vai acabar com essa guerra logo logo! - Disse Bo.


- Tora, certo? Acho que é melhor avançarmos, não é bom deixar toda a diversão para ele, não é mesmo pessoal!? - Gritou o líder dos soldados que foi recebido com respostas positivas.

Do outro lado, Tora não estava em uma situação muito boa, os disparos cessaram para que pudessem recarregar as balas, nisso os rebeldes presenciaram outra coisa que não podiam acreditar, o taigapou ainda estava de pé, e todas as balas estava sobre seus pés, sangue escorria do seu corpo, mas isso não lhe era problema. Saadi estava aterrorizado com aquela cena continuava sentado no chão enquanto os outros estavam prontos para iniciar outra série de tiros.

- ATIREM SEM HESITAR! - Gritou Massamir.

No momento em que começaram os disparos, Tora saltou, fazendo com que os tiros acertassem uns aos outros, um dos disparos acertou de raspão o braço de Massamir, Saadi por sorte estava sentado e a bala passou por cima de sua cabeça, mas os outros rebeldes não tiveram a mesma sorte, caíram um por um agonizando de dores. Eben teve a perna esquerda acertada por um dos tiros e o ombro direito, mas por mais incrível que pareça, ele continuou em pé como se nada havia acontecido.

Mas o que Tora não esperava naquele momento era que quando ele saltou, junto estavam cinco dinamites. Usou suas garras para corta o pavio delas e conseguiu, porém uma das dinamites continha dois pavios em chamas.




Naquele momento não havia mais tempo, a única coisa que viu antes da imensa explosão foi uma rebelde mexendo a boca sem emitir nenhum som, mas Tora sabia o que ela estava falando, Ramide dizia "Cabum".

Uma grande explosão ecoou por toda Kittypaw. Happii, que estava a quilômetros de distância, sentiu um frio na espinha com aquela explosão. A fumaça branca que antes cobria todo o castelo se tornou negra.

Tanto os Soldados de Archibald como Dora e Bo viram Tora sendo arremessado pelo impacto explosivo, batendo com tudo em uma das paredes do castelo, destruindo-a por completa. Os soldados ficaram furiosos com os rebeldes e avançaram sem pensar duas vezes, a batalha entre eles realmente havia começado, o cheiro de sangue, pólvora e suor no ar era constante. 

Dora e Bo foram correndo imediatamente resgatar Tora, estavam com medo do que iriam ver. Será que ele havia morrido? Ou se perdeu algum membro? Pensavam isso enquanto retiravam escombros até que o encontraram. Tora estava todo queimado, e sangrando por todo seu corpo, Dora começou a chorar desesperada e Bo não sabia o que dizer, até que Tora se levantou - com dificuldade, pois as algemas continuavam presas em seus pés - manteve-se em pé como se nada tivesse acontecido e olhou para onde estava havendo a batalha.




- Sabe... A segunda coisa que eu mais detesto na minha vida é quando eu encontro uma garrafa de catnipom vazia - Disse Tora enquanto se limpava da poeira dos escombros.

- Se... Segunda coisa? E qual é a primeira? - Perguntou Bo.

- A primeira é quando me fazem de bobo - Responde Tora furioso enquanto estalava o pescoço e rangia os dentes - Acho que não vou conseguir perdoar esses caras.

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